sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cerco

                                                                                                       © Ozias Filho



Cada passo para frente não foi dado.
Assim como em um sonho de pernas desobedientes e respiração ofegante,
Sinto o peso da presa que não se desloca e a ameaça predadora ao encalço.



Há décadas, impelida à exaustão para um onde sem direção,
sempre à caça,


Corro sem sair do lugar.
Já não há chegadas possíveis quando a imposição da viagem é eterna.

Pensar é paralisante.

Às vezes é preciso ficar.
Não ir também é revolucionário.
@anaribeiro








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 Todo mundo vai morrer. Mas ninguém devia morrer de câncer. Porque de câncer não se morre... se vai morrendo... O gerúndio como o grande mal...